Redação Pragmatismo
Dilma Rousseff 24/Set/2014 às 15:29 COMENTÁRIOS
Dilma Rousseff

O discurso de Dilma na Assembleia Geral da ONU

Publicado em 24 Set, 2014 às 15h29

No discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral da ONU, Dilma criticou intervenções militares dos EUA e a ofensiva de Israel em Gaza. Presidente citou ainda eficácia do Brasil no combate à fome a à miséria

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Dilma abriu nesta quarta-feira (24) a 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas (divulgação)

No discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (24/09), a presidente Dilma Rousseff criticou a realização de intervenções militares, como a que os Estados Unidos iniciaram recentemente no Iraque e na Síria, e voltou a criticar a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

Ao falar por pouco mais de 20 minutos, Dilma argumentou que “a cada intervenção militar, não caminhamos para a paz” e que os conflitos existentes atualmente no mundo deve ser resolvidos de forma permanente. “A cada intervenção militar não caminhamos para a paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos. Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios.”

Israel e Palestina

A presidente reiterou a posição de seu governo no que se refere à ofensiva de Israel à Faixa de Gaza, condenando o “uso desproporcional da força”. “Não podemos ser indiferentes com Israel e Palestina”, afirmou Dilma, que defendeu a solução de dois Estados para Israel e Palestina. Em julho, o Itamaraty condenou os ataques israelenses, o que gerou uma polêmica diplomática entre os países.

Redução da pobreza

Dilma também destacou as “ações afirmativas” promovidas pelo Brasil pela redução da desigualdade e comemorou a retirada do País do “mapa da fome”, conforme anúncio recente da FAO, braço da ONU para Alimentação e Agricultura.

Além das ações de distribuição de renda, Dilma afirmou, ao mesmo tempo, que “não descuidamos da solidez fiscal”. “Soubemos dar resposta à grande crise internacional”, disse, lembrando que a inflação continua no centro da meta estabelecida pelo governo e que o País empregou, evitou a redução de salários, continuou a estimular renda e manteve os investimentos em infraestrutura enquanto outros países desempregavam. Dilma defendeu também políticas em defesa das mulheres e condenou o racismo.

Assista a íntegra do discurso de Dilma na ONU:

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