Governo Dilma bate recorde de reprovação, diz Datafolha
Datafolha: Índice de rejeição ao governo Dilma Rousseff é o mais alto desde setembro de 1999, primeiro ano do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Pesquisa foi realizada logo após as manifestações de domingo
A avaliação ruim/péssima do governo de Dilma Rousseff subiu de 44% em fevereiro para 62% após as manifestações do último domingo. É o que mostra a pesquisa Datafolha divulgada na madrugada desta quarta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Já a avaliação dos que consideram o governo petista ótimo ou bom caiu de 23% no mês passado para 13% agora.
Resultado da pesquisa de avaliação do governo de Dilma:
– Ótimo/bom: 13%
– Regular: 24%
– Ruim/péssimo: 62%
Essa é a mais alta taxa de reprovação de um mandatário desde setembro de 1999, no segundo mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso. À época, a reprovação de FHC era de 65% [relembre aqui].
No sentido oposto, a taxa de aprovação chegou ao ponto mais baixo desde o início de seu primeiro mandato. Os que julgam sua gestão como boa ou ótima somam 13%.
Este patamar é comparável com o pior momento do ex-presidente Itamar Franco, que teve 12% de aprovação em novembro de 1993, época do escândalo do Orçamento, na Câmara. Além de Itamar, tiveram desempenhos piores que o de Dilma os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (8% de aprovação em setembro de 1999, quando a população sentia os efeitos do desemprego, alta inflação e desvalorização do Real). Além do próprio Collor na fase pré-impeachment (9%).
Durante os dois mandatos do ex-presidente Lula, a pior taxa de aprovação foi de 28%, em dezembro de 2005, logo após a cassação do mandato parlamentar de José Dirceu (PT-SP) na Câmara, acusado de corrupção no mensalão.
A pesquisa entrevistou 2.842 eleitores logo após as manifestações do último domingo (15) que levaram milhares de pessoas às ruas do país para protestar contra Dilma.
Congresso Nacional
A pesquisa Datafolha mostra ainda que 9% dos entrevistados consideram “bom” ou “ótimo” o desempenho de senadores e deputados no Congresso. Outros 50% acreditam que a atuação dos parlamentares é “ruim” ou “péssima”.
com Folha de S.Paulo