Redação Pragmatismo
Música 15/Mai/2015 às 10:47 COMENTÁRIOS
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B.B. King, o rei do blues, morre aos 89 anos

Publicado em 15 Mai, 2015 às 10h47

Considerado o rei do blues, B.B. King morreu por complicações em decorrência da diabetes tipo 2, doença com a qual convivia há mais de 20 anos. O músico deixa um legado de 16 prêmios Grammy e mais de 50 discos gravados em quase 60 anos de carreira

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B.B. King morreu aos 89 anos (divulgação)

O músico B.B. King, considerado o rei do blues, morreu nessa quinta-feira (14) em Las Vegas, nos Estados Unidos, aos 89 anos, informou hoje (15) seu advogado. No início de abril, B.B. King foi internado no hospital depois de sofrer de desidratação causada pelo diabetes tipo 2, doença com a qual convivia há mais de 20 anos.

Considerado um dos artistas mais influentes de todos os tempos, B.B. King ganhou 16 prêmios Grammy e gravou mais de 50 discos em quase 60 anos de carreira. Ele entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll em 1987. Para a história ficam temas como Three O’Clock Blues, The Thrill Is Gone e When Love Comes to Town, em colaboração com os irlandeses U2. B.B. King foi um dos inspiradores do músico português Rui Veloso, que com ele tocou em 1990, realizando um sonho de vida.

Riley B. King nasceu em 16 de setembro de 1925 em Itta Bena, no estado norte-americano do Mississípi. Ali começou a tocar, a troco de algumas moedas, na esquina da igreja com a Second Street, até 1947, quando foi para a cidade de Memphis a fim de iniciar a carreira musical. Memphis, uma comunidade musical que reunia todos os estilos de música afro-americana, era a Meca de todos os músicos do sul e King foi ajudado pelo seu primo Bukka White, um dos maestros dos blues daquele período.

A sua atuação num programa de rádio de Sonny Boy Williamson chamou a atenção dos especialistas, tendo iniciado de imediato uma série de atuações na ‘Sixteenth Avenue Grill’ e na estação de rádio WDIA. Neste momento, BB King era conhecido com o nome Beale Street Blues Boy. Mais tarde decidiu chamar-se Blues Boy King e depois B.B. King.

Em meados da década de 1950, King atuava numa sala de twist, no Arkansas, quando alguns espetadores se desentenderam e pegaram fogo ao local. King fugiu da sala mas, ao perceber que se tinha esquecido da “sua querida guitarra acústica” Gibson, que custara US$ 30 dólares, voltou para a recuperar. Mais tarde, B.B. King descobriu que na origem da discussão entre os espetadores estava uma mulher chamada Lucille, decidiu batizar assim todas as suas guitarras que o acompanharam ao longo da sua carreira.

O seu estilo inspirou muitos guitarristas de rock como Mike Bloomfield, Albert Collins, Buddy Guy, Freddie King, Jimi Hendrix, Otis Rush, Johnny Winter, Albert King, Eric Clapton, George Harrison e Jeff Beck.

Em 1969, B. B. King foi escolhido para a abertura de 18 concertos dos Rolling Stones. Mais tarde participou na maioria dos festivais de Jazz por todo o mundo, incluindo o Newport Jazz Festival e o Kool Jazz Festival New York.

Em 1989 fez uma série de concertos pela Austrália, Nova Zelândia, Japão, França, Alemanha Ocidental, Países Baixos e Irlanda, como convidado especial do U2, participando igualmente no álbum Rattle and Hum, deste grupo, com o tema When Love Comes to Town.

King casou-se duas vezes. Primeiro com Martha Lee Denton, entre 1946 e 1952, e depois com Sue Carol Hall, desde 1958 até 1966. O artista deixa 14 filhos e mais de 50 netos.

Em memória (The Thrill is Gone):

Agência Lusa

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