Autor de massacre em igreja afro-americana é preso nos EUA
Dylann Roof, de 21 anos, ganhou uma arma do pai como presente de aniversário em abril, disse o tio do garoto. O jovem abriu fogo durante um culto religioso em uma igreja frequentada por negros e deixou nove mortos. No Facebook, Roof aparece vestindo roupa que estampa bandeiras de governos racistas
O autor do massacre de nove pessoas durante um culto religioso em uma histórica igreja afro-americana em Charleston, no Estado norte-americano da Carolina do Sul, foi preso pela política em Shelby.
Dylann Roof, de 21 anos, é branco, de cabelo loiro, e abriu fogo dentro da Igreja Metodistas Episcopal Africana Emanuel no centro de Charleston, na quarta-feira à noite, segundo o chefe de polícia Gregory Mullen.
“Uma pessoa horrível entrar lá e matá-los é inexplicável, obviamente o ato mais intolerável e inacreditável possível”, disse o prefeito de Charleston, Joe Riley, a repórteres. “A única razão pela qual alguém poderia entrar em uma igreja para atirar em pessoas orando é o ódio”.
Roof ganhou uma arma do pai como presente de aniversário de 21 anos em abril, disse o tio dele à Reuters nesta quinta-feira. Autoridades estiveram na casa da mãe de Dylann Roof nesta manhã, disse o tio, Carson Cowles, em uma entrevista.
Cowles disse que reconheceu Roof em uma foto divulgada pela polícia, e o descreveu como quieto e calmo. O pai de Roof deu a pistola calibre .45 de aniversário neste ano, disse o tio.
O incidente fez lembrar um ataque a bomba de 1963 contra uma igreja afro-americana em Birmingham, Alabama, que matou quatro meninas e impulsionou o movimento dos direitos civis dos anos 1960.
Bandeiras racistas
No Facebook, Roof aparece em uma foto de seu perfil (imagem acima/direita) vestindo um casaco de duas bandeiras de governos racistas em países africanos no século 20.
As duas bandeiras foram bordadas no lado esquerdo da jaqueta preta de Dylann Roof. A superior, de cores vermelha, branca e azul, representa o símbolo do governo segregacionista da África do Sul que durou de 1928 até 1994, com a vitória de Nelson Mandela nas eleições, marcando o fim do apartheid.
Já o segundo bordado, com listras verdes e branca, representa a bandeira da Rodésia, região atualmente conhecida como Zimbábue que entre 1965 e 1979 foi espaço de uma administração de tendência racista liderada por uma minoria de colonos brancos que declaram independência do Reino Unido no local.
com Reuters