Jogador da seleção brasileira de polo é acusado de abuso sexual no Pan
Goleiro da seleção brasileira de polo é acusado de abuso sexual durante Jogos Pan-Americanos de Toronto. Thye Mattos, de 27 anos, teria abusado de jovem de 22 anos na madrugada do último 16 de julho. Ordem de prisão contra o brasileiro já foi emitida. Se condenado, ele pode pegar até 15 anos de cadeia
A polícia de Toronto concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (24) para falar sobre o caso de abuso sexual envolvendo um atleta da seleção brasileira de polo aquático na sua passagem pelos Jogos Pan-Americanos. De acordo com Joanna Beaven-Desjardins, inspetora-chefe de crimes desta natureza, o goleiro Thye Bezerra Mattos, de 27 anos, cometeu assédio contra uma jovem canadense. O jogador, que não está mais no país, está com mandado de prisão emitido no Canadá. Ele não foi encontrado para comentar o assunto.
“A vítima é uma mulher de 22 anos, residente da cidade de Toronto. O caso aconteceu na manhã do dia 16 de julho. Na ocasião, ele entrou no quarto dela, na casa de vítima, junto com um amigo, cometeu o abuso e foi embora”, afirmou Desjardins. “No Canadá, usamos o termo abuso sexual, e não estupro”.
A inspetora não deu detalhes sobre o crime. Afirmou apenas que a vítima não era uma atleta e que o outro homem envolvido, também membro da delegação brasileira de polo aquático, não é suspeito de abuso. Ambos teriam sido convidados pela vítima a irem a sua casa e estavam com uma quarta pessoa, uma mulher, que também não está ligada ao crime.
Desjardins evitou dizer como a polícia identificou Thye como o agressor e não confirmou se a vítima passou por algum exame. Afirmou apenas que, se estivesse no país, o goleiro ficaria preso enquanto ocorrem as investigações e que o caso será tratado junto às autoridades brasileiras.
Segundo as leis canadenses, abuso sexual inclui qualquer forma de contato não consentido entre as partes. Isso inclui beijos, abraços forçados, sexo oral e/ou penetração.
Pela data fornecida pela polícia canadense, o crime teria ocorrido um dia após a conquista da medalha de prata pela equipe masculina de polo aquático. Após a decisão contra os Estados Unidos, os atletas foram liberados e participaram de uma festa. A delegação deixou o Canadá na noite do dia 16 rumo à Croácia, onde fazem a aclimatação para o Mundial de esportes aquáticos que ocorrerá em Kazan, na Rússia.
A pena para este tipo de crime no Canadá pode chegar a 15 anos de prisão. Não há acordo de extradição entre o país e o Brasil, mas Thye pode ser preso se passar por alguma nação onde haja este tipo de pacto.
informações de Agência Brasil, UOL, GloboEsporte e Reuters