Redação Pragmatismo
Política 08/Out/2015 às 19:30 COMENTÁRIOS
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"Pedalar não é e nunca foi crime", afirma Roberto Requião

Publicado em 08 Out, 2015 às 19h30

"Essa meta é uma imposição de credores externos, é uma pressão do capital internacional sobre o país e não há sanção alguma caso seja descumprida", afirmou Requião. Senador lembrou ainda que tanto FHC como Lula também usaram das "pedaladas" sem que fossem incomodados pelo TCU ou Congresso Nacional

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O senador Roberto Requião (PMDB-PR)

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) desmistificou o julgamento das ditas “pedaladas” ocorrido ontem (7) pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo o parlamentar, o descumprimento dessas metas programáticas inflacionárias são chamadas de “pedaladas” para degradar a discussão.

“Essa meta é uma imposição de credores externos, é uma pressão do capital internacional sobre o país e não há sanção alguma caso seja descumprida”, disse em mensagem radiofônica.

Segundo o congressista, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e ex-secretário do Tesouro Arno Augustin queriam evitar “sanções” do mercado internacional, e não deixar de investir na economia e em programas sociais.

“Então, eles (Mantega e Arno) deixaram que os bancos pagassem as contas do governo, e atrasaram o pagamento aos bancos”, afirmou. “Nada demais nisso aí”, disse Requião, acrescentando que tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e como o seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, também usaram das “pedaladas” sem que fossem incomodados pelo TCU ou Congresso Nacional.

O senador explicou ainda que “se fosse uma empresa privada essas ‘pedaladas’ seriam chamadas de ‘engenharia financeira'”. Para Requião, “podemos questionar o uso dessa engenharia financeira. Faltou ao Brasil um projeto de desenvolvimento econômico, de industrialização”. “Mas não houve crime. Ninguém de apropriou de recursos público”, disse.

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“O capital financeiro internacional quer coagir países a deixarem de lado suas obrigações com o povo, de emprego, de saúde, de previdência, e os programas sociais, as bolsas compensatórias, para pagar suas dividas com juros rigorosamente absurdos”, acrescentou.

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