Randolfe Rodrigues é ameaçado de morte pelo celular
Depois que o número privado de Randolfe Rodrigues foi divulgado por uma página de extrema-direita no Facebook, o senador da Rede (ex-PSOL) passou a receber mensagens agressivas e até ameaças de morte. Parlamentar registrou boletim de ocorrência e autores de agressões deverão ser identificados
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tem recebido mensagens agressivas e até ameaças de morte pelo celular desde a última sexta-feira (6).
O parlamentar acionou a Polícia Legislativa, que deverá encaminhar o caso para investigação da Polícia Federal. “Mensagens ofensivas são toleradas até um determinado ponto, porém, quando passam a ser ameaças não podem mais ser aceitas”, afirmou ele. “Bandidagem se resolve com a polícia”, completou.
O contato do senador foi divulgado na última quinta-feira (5) pela página Luana Basto, no Facebook. “Deixe sua mensagem ao senador Randolfe Rodrigues do Piçól”, diz o post, com a mensagem “Quero prints”. A autora da página, que conta com mais de 30 mil seguidores, se identifica como “Cristã, noiva, de Direita-conservadora e muito feliz por não ser feminista”.
O senador começou a receber mensagens ofensivas na sexta-feira, porém conta que a princípio não deu muita importância. “A partir de domingo elas ficaram mais agressivas”, disse Randolfe, com frases do tipo “vamos botar fogo na sua casa, comunista fdp”. O senador decidiu registrar um boletim de ocorrência relatando o fato.
“Os prejuízos, não só à minha atividade parlamentar, como à minha vida pessoal e familiar são graves. Tenho confiança nas instituições e sei que em breve os responsáveis serão identificados e punidos na forma da lei”, disse o deputado em sua página oficial no Facebook, onde publicou algumas das mensagens recebidas durante o final de semana.
A assessoria do senador conta que foram mais de mil mensagens ofensivas, algumas com xingamentos e palavras de baixo calão. Frases como “comunista dos infernos”, “morram comunistas” foram recorrentes. A partir do boletim de ocorrência, a polícia fará uma perícia no aparelho celular de Randolfe Rodrigues. A investigação deverá identificar os autores das mensagens, que deverão ser intimados a depor.
Randolfe destaca que, apesar dos transtornos causados pela enxurrada de mensagens, não se abalou. “Se o objetivo era intimidar, comigo o efeito foi o contrário”, avisou.
Luma Poleti, Congresso em Foco