Carlos Sampaio execrava o 'voto secreto' até se beneficiar dele
Carlos Sampaio já chegou a bradar, no plenário, que a prática do voto secreto é uma "excrescência inadmissível e inaceitável". Na época, o líder do PSDB na Câmara também divulgou sua repulsa ao voto secreto no Facebook. Nesta semana, porém, Sampaio celebrou a vitória da chapa alternativa pelo impeachment de Dilma... eleita em voto secreto
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados e um dos mais ferozes militantes do impeachment no Congresso, Carlos Sampaio (PSDB), foi indicado em votação secreta para a comissão do impeachment de Dilma Rousseff, ontem (8), por meio de uma das muitas manobras do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Ele foi um dos que mais comemoraram a vitória da chapa alternativa (a eleição foi posteriormente suspensa por decisão do ministro do STF, Edson Fachin).
Mas em 19 de fevereiro de 2013, o parlamentar tucano pensava de outra maneira. Na época, ele classificou o voto secreto no Congresso Nacional como “uma excrescência inadmissível”. Sampaio foi membro da Frente Parlamentar do Voto Aberto.
O tucano paulista declarou no plenário que votar “contra o voto secreto” era na época uma “prioridade” do PSDB. “Como nossos eleitores vão saber qual é a sua posição de fatos importantes para a nação?”, questionou à época.
Quando da aprovação da chamada PEC do voto aberto, em 2013, Sampaio comemorou a decisão: “O voto secreto é uma das maiores excrescências que existem no Parlamento brasileiro”.
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RBA