Redação Pragmatismo
Meio Ambiente 15/Jan/2016 às 13:10 COMENTÁRIOS
Meio Ambiente

Vale e Samarco são indiciadas pela Polícia Federal por rompimento da barragem de Mariana

Publicado em 15 Jan, 2016 às 13h10

As barragens, também localizadas na região de Mariana, sofreram danos na estrutura após o rompimento da Barragem de Fundão, em 5 de novembro do ano passado, que derramou 32 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração no Rio Doce.

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A Polícia Federal indiciou a Samarco, a Vale, a empresa VogBR e mais sete executivos e técnicos pelos crimes ambientais provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, MG, em novembro de 2015. Entre os indiciados está o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi.

Também nesta quarta (13), após descumprir duas vezes o prazo de entrega dos planos de emergência das barragens de Santarém e do Germano, a Samarco entregou os documentos à Justiça mineira.

As barragens, também localizadas na região de Mariana, sofreram danos na estrutura após o rompimento da Barragem de Fundão, em 5 de novembro do ano passado, que derramou 32 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração no Rio Doce. O episódio causou a morte de 17 pessoas, destruiu municípios e continua causando impactos ambientais graves no rio e no oceano.

Saiba mais: Mariana: As consequências do maior desastre ambiental do Brasil

Nesta terça (14), pela manhã, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) havia informado que pediria a elevação da multa inicial de R$ 1 milhão por dia de atraso na entrega dos planos para R$ 5 milhões diários.

Por meio de nota, a Samarco informou que protocolou o novo estudo preliminar de Dam Break, cenário de ruptura hipotética de barragens, no Ministério Público e no Tribunal de Justiça de Minas Gerais na noite dessa terça-feira (12) e entregou a documentação hoje. O Ministério Público ainda não avaliou se o teor do documento está adequado.

Os planos de emergência indicam as possíveis consequências de um novo colapso e apresentam as ações imediatas que serão tomadas pela mineradora para diminuir os impactos, caso isso ocorra.

O MPMG havia definido o dia 3 de dezembro como prazo para entrega do estudo, mas, após pedido da empresa à Justiça, a multa foi suspensa e o prazo prorrogado para 9 de janeiro. Como a data caiu no fim de semana, venceu nessa segunda-feira (11). Portanto, a empresa terá de pagar mais um dia de multa.

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De acordo com o MPMG, os valores são cumulativos, ou seja, os R$ 10 milhões contados antes da prorrogação do prazo pela Justiça continuam sendo computados.

O Ministério Público entende que a sociedade não pode ficar à mercê dos prazos que atendam à conveniência da Samarco. Esses estudos já deveriam ter sido apresentados há muito tempo. A demora coloca vidas humanas em risco desnecessário”, afirmou o promotor Mauro Ellovitch.

Agência Brasil

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