Redação Pragmatismo
Nordeste 26/Jan/2016 às 18:05 COMENTÁRIOS
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Poluição nas praias de SC é culpa do queijo coalho dos nordestinos?

Publicado em 26 Jan, 2016 às 18h05

“Vem nordestinos para cá – e eu não tenho nada contra os nordestinos – e trazem um tal de queijo coalho, que a maioria come, e aí acontecem os problemas e culpam a poluição”. Presidente do Sindicato dos Hotéis de Florianópolis diz que não há poluição nas praias, o problema é o “queijo coalho”

Queijo coalho praias Brasil
Queijo coalho é vendido nas praias de todo o Brasil

Viomundo e RBS

O presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis, Tarcísio Schmidt, questionou a abrangência da poluição no mar da ilha na capital de Santa Catarina.

No Gaúcha Atualidade, Schmidt reconheceu que este ano a situação é pior, mas que o problema já vinha ocorrendo em outras temporadas.

Quanto aos problemas de saúde relatados por banhistas, Schmidt culpou a alimentação fornecida por ambulantes na praia.

“Vem nordestinos para cá – e eu não tenho nada contra os nordestinos – e trazem um tal de queijo coalho, que a maioria come, e aí acontecem os problemas e culpam a poluição. A poluição aqui na Ilha é pontual”

Ouça:

Poluição

A extensão da poluição das praias em Santa Catarina foi delineada em documento divulgado na última sexta-feira pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma). No começo da semana, a instituição havia realizado coletas em 211 pontos do litoral. Nada menos do que 74 pontos, mais do que um terço dos analisados, apresentavam condições perigosas para receber os banhistas, por excesso de coliformes fecais na água.

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Esgoto em praia de Florianópolis (Foto: Betina Humeres / Agencia RBS)

Nesses lugares, a recomendação oficial é para que as pessoas não entrem no mar. Uma semana antes, no primeiro relatório do ano, 71 de 208 localidades mostraram-se impróprias.

Márcio Luiz Alves, diretor de proteção dos ecossistemas da Fatma, atribui a contaminação ao esgoto despejado sem tratamento nas praias, quase sempre por meio de rios litorâneos, um problema que se agrava com a chegada da alta estação. Ele cita casos de residências com capacidade para quatro pessoas que, na temporada, recebem 10, multiplicando o potencial poluidor.

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