Medicina cubana: jovens brasileiros agradecem a Cuba chance de se tornarem médicos
Jovens brasileiros agradecem a Cuba chance de estudar medicina
A jovem brasileira Carina Guimarães agradeceu ao povo e ao governo cubanos a oportunidade que deram a ela e a outros 24 colegas de estudar medicina em Cuba gratuitamente.
“Estou aqui para agradecer ao governo cubano, representado por seus diplomatas no Brasil, a possibilidade de estudar medicina”, disse Carina, em cerimônia realizada na Embaixada de Cuba em Brasília, pouco antes de viajar para a ilha caribenha para começar no próximo ano letivo 2012-2013.
“A melhor maneira de agradecer a Cuba esta oportunidade é nos comprometermos a voltar a nossos lugares de procedência e contribuir na construção, em nossas localidades, de uma verdadeira saúde popular para ajudar os setores que mais necessitam e carecem de atenção médica”, disse.
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Na atividade, os 25 jovens brasileiros de 10 dos 27 estados do país (incluindo o Distrito Federal) assinaram o Código de Ética da Escola Latino-Americana de Medicina de Havana e receberam os registros e a certificação que os oficializa como aprendizes da carreira médica.
“Esta cooperação na formação de recursos humanos é fornecida em um contexto muito difícil, como resultado do bloqueio dos EUA contra Cuba por mais de 50 anos e os problemas graves da economia mundial que nos afeta”, indica o Código de Ética em sua introdução.
“Mesmo assim, nossa sociedade tem mantido a sua orientação de humanismo e solidariedade”, ressalta o texto. E lembra que, de 1961 até hoje, formaram-se em Cuba mais de 50 mil alunos de 129 países de todos os continentes, destes, mais de 26 mil de nível superior.
Atualmente, continua ele, estudam em Cuba mais de 30 mil jovens de 121 países e vários territórios ultramarinos, a grande maioria dos quais seguem uma carreira de nível superior.
Por sua parte, o deputado federal do PMDB pelo Estado do Mato Grosso, Victorio Galli, disse à Prensa Latina a importância da oportunidade oferecida por Cuba para estes jovens humildes, carentes dos recursos para estudar medicina.
A encarregada de negócios de Cuba no Brasil, Marieta Garcia, disse que na ilha caribenha não vão encontrar luxos, porque é uma nação do terceiro mundo, mas que socialmente alcançou importantes conquistas em saúde, educação e justiça social que não são apenas para os cubanos, mas são compartilhados com outros povos.
“Essa ação de concessão de bolsas para estudar medicina é um exemplo disso”, exaltou e assinalou que, desde pouco depois do triunfo da Revolução Cubana, em 1 de janeiro de 1959, Cuba oferece bolsas de estudo para estudantes estrangeiros de origem humilde, com o compromisso de, uma vez graduados, servirem aos seus povos.
Prensa Latina