Redação Pragmatismo
PSDB 08/Jul/2016 às 11:47 COMENTÁRIOS
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PSDB vai trabalhar para salvar Eduardo Cunha de cassação

Publicado em 08 Jul, 2016 às 11h47

O PSDB não mexerá uma palha para que seus deputados votem pela cassação do mandato de Eduardo Cunha. A justificativa é que Cunha prestou um “serviço relevante para o país” ao aceitar e dar celeridade ao processo de impeachment de Dilma

Eduardo Cunha PSDB temer aécio
(Imagem: Eduardo Cunha e Aécio Neves (presidente do PSDB) conversam em evento da Força Sindical)

Fiel da balança na Comissão de Constituição e Justiça, o PSDB não mexerá uma palha para que seus deputados votem pela cassação do mandato de Eduardo Cunha.

Apesar do desgaste que a posição implica, o discurso defendido pelos tucanos é que o peemedebista prestou um “serviço relevante para o país” ao dar celeridade ao impeachment de Dilma Rousseff e não merece a condenação institucional da sigla.

Em verdade, a renúncia de Eduardo Cunha anunciada ontem (7) por ele mesmo está longe de significar a cassação do seu mandato. Paradoxalmente, a sua salvação está por trás das lágrimas que derramou. Cunha não deixou a cadeira de presidente para salvar a Casa, como disse, mas para salvar a si próprio.

A renúncia à presidência da Câmara pode dar uma sobrevida ao deputado carioca. A expectativa de Cunha é que, longe dos holofotes, ele consiga trabalhar para manter pelo menos o cargo de deputados e, consequentemente, o foro privilegiado. Isto evita que os processos contra ele saiam da Suprema Corte e sejam encaminhados à Justiça do Paraná, para as mãos do juiz Sérgio Moro.

Com a renúncia, Cunha ganha um pouco de privacidade no Supremo. Como ele deixa de ser presidente de poder, o processo contra ele deixar de ser julgado pelo pleno da Corte e passa para a segunda turma, presidida pelo ministro Gilmar Mendes e que não tem as sessões transmitidas pela TV Justiça.

Eduardo Cunha continua com seus tentáculos em ação. Ao lado do presidente interino Michel Temer, ele se movimenta para emplacar um aliado para sua sucessão. O nome mais forte é o do deputado Rogério Rosso (PSD-DF). Caso se confirme a vitória de um amigo para presidir a Casa, o circo estará montado para que, no fim, tudo acabe em pizza.

com informações de Folhapress e HuffPost Brasil

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