Redação Pragmatismo
Impeachment 02/Ago/2016 às 17:24 COMENTÁRIOS
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Como foram as manifestações anti-golpe e pró-golpe do último 31 de julho

Publicado em 02 Ago, 2016 às 17h24
ato contra o golpe largo batata
(Imagem: Lindbergh Farias discursa em ato anti-golpe em São Paulo no domingo)

Pedro Zambarda de Araújo, DCM

A manifestação do dia 31 de julho no Largo da Batata, em São Paulo, reuniu 40 mil pessoas, segundo os organizadores. O protesto aconteceu no mesmo dia que o Vem Pra Rua botou gente contra o PT e favorável ao presidente interino Michel Temer na Avenida Paulista.

Ao todo, pelo menos 10 Estados registraram mobilizações que oscilaram entre duas mil e três mil pessoas. Houve um enfraquecimento dos movimentos de rua, mas não dos seus discursos.

Muita gente do movimento negro, da periferia e dos protestos LGBT engrossaram o coro dos descontentes com Temer.

Os manifestantes pró-democracia não ficaram parados e foram em direção ao escritório do presidente interino Michel Temer no alto de Pinheiros. Mantiveram-se unidos e não se intimidaram nem com a PM barrando em alguns momentos ou voando baixo com seu helicóptero.

O principal destaque do protesto foi o desempenho de Guilherme Boulos no carro de som. “Este protesto foi o primeiro de todos os que ocorrerão na Olimpíada que começa no dia 5 de agosto. Este governo não terá trégua”, disse o líder do MTST.

Outras figuras da esquerda marcaram presença. Luiza Erundina, candidata a prefeitura pelo PSOL, veio com Ivan Valente defender a pauta das novas eleições e o fim do governo golpista de Temer.

O senador Lindbergh Farias defendeu que a esquerda precisa retornar a voz das ruas, especialmente com os eventos esportivos que trouxeram desastre ao Rio de Janeiro. Sâmia Bonfim, funcionária pública e militante do PSOL, afirmou que, apesar do golpe, a voz das mulheres está cada vez mais fortalecida na política. “Temos até o caso da Sarah Winter, ex-feminista, que quer ser musa dos reacionários”, disse.

E na Paulista? Como foi o ato antiDilma?

Basicamente, um fiasco, com pouco mais de 5 mil pessoas, contando com a boa vontade das contas da PM. Mas o que se viu na Paulista, além do “parabéns ao juiz Sergio Moro”, foi apenas uma palhaçada de rua. Um carnaval de super-heróis bizarro.

Manifestações pró e contra Dilma aconteceram no último dia 31 de Julho
Manifestações pró e contra Dilma aconteceram no último dia 31 de Julho

Cláudia, 55 anos, estava vestida de “Dilma presidiária” e tirando fotos com homens vestidos de militares. Ao fundo, um caminhão de som pró-armamento soltava um jingle sobre o “fim da Lava-Jato” e o “direito de me defender”.

Cecília, 59 anos, disse que foi em outros atos contra Dilma e acha que o mês de setembro para o fim do julgamento está longe demais. Apesar de ser anti-PT, ela vê com bons olhos o povo que protesta contra a Olimpíada.

O ápice da “zoeira” dos pró-golpe foi um homem chamado Thiago Labbati. Vestido de “Super Homem Brasileiro”, ele tem mais de dois metros e posava de herói contra a corrupção “pedindo mais justiça”.

Protestos de rua estavam mais vazios neste domingo, 31 de julho. E não foi à toa: ninguém aguenta mais tanta palhaçada junta.

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