Ator que integrou campanha “contra a corrupção” é acusado de vender ingressos falsos
Murilo Rosa já foi protagonista de campanha contra corrupção. "Com todo mundo roubando não dá. Falta indignação ao povo brasileiro", dizia. O ator virou alvo de investigação esta semana por vender ingressos falsos nos Jogos Olímpicos
O ator Murilo Rosa está sendo acusado de ter vendido ingressos falsos para a final do futebol Olímpico entre Brasil e Alemanha, que aconteceu nesse sábado, 20, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
De acordo com a colunista Keila Jimenez, do portal R7, um advogado afirma que comprou um par de ingressos por R$ 1,5 mil, sendo que estampado nos tickets aparecia o valor de R$ 700 cada.
O caso foi registrado na 18ª DP (Praça da Bandeira) e o ator pode responder processo por estelionato. No entanto, Murilo afirmou a um jornal carioca que comprou os ingressos de um desconhecido e não sabia que as entradas eram falsas. Segundo o ator, ele também foi enganado.
A delegacia afirmou à colunista que o caso está sendo apurado e que Murilo deverá ser ouvido pela polícia. Se for condenado, o ator pode pegar até dois anos e oito meses de reclusão.
O ator e sua esposa, a modelo Fernanda Tavares, decidiram vender seus ingressos porque ganharam outras entradas VIPs para a partida.
Devolução
A assessoria de Murilo Rosa divulgou nota afirmando que o ator está se sentindo muito mal com o ocorrido e devolveu o dinheiro ao advogado. Ainda de acordo com o comunicado, o ator ligou para o homem para desculpar-se.
“Ele já ressarciu o comprador. Ficou super mal com a frustração do filho do homem, que não pôde assistir ao jogo e tem quase a mesma idade do filho dele. Resolveu correr atrás do prejuízo de outra forma”, disse a assessoria.
Contra a corrupção
Murilo Rosa já protagonizou uma campanha da Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público) contra a corrupção no Brasil.
Na época, o ator disse: “A única forma do país crescer é combatendo a corrupção. Com todo mundo roubando não dá, não tem como. Todos os cidadãos deveriam cobrar mais. Falta indignação ao povo brasileiro. As pessoas aguentam caladas”.