PMs agridem mulher que vendia água no protesto 'Fora Temer'
Mulher de 53 anos que vendia água no protesto 'Fora Temer' é covardemente agredida por policias militares e tem seus produtos apreendidos. Manifestantes que tentaram ajudá-la também sofreram agressão. Um deles, o ex-senador Eduardo Suplicy
Uma ação da PM (Polícia Militar) contra uma mulher que vendia água, refrigerante e cerveja resultou em tumulto no último domingo na avenida Paulista, em São Paulo, onde foi realizado um ato contra Michel Temer.
Um vídeo com o registro da cena foi divulgado pelo ex-senador e candidato a vereador Eduardo Suplicy (PT) em sua conta no Twitter. O político chegou a ser empurrado por policiais e afastado com gás de pimenta.
Com truculência e desrespeito, policiais armados tentavam retirar os produtos da ambulante. “Deixa ela trabalhar”, pediram os manifestantes que acompanharam a ação violenta da PM contra a mulher de 53 anos.
No vídeo abaixo, é possível visualizar que a vendedora ouviu os policiais e depois tentou sair com os produtos, mas segundo ela, que se apresentou como Débora, eles queriam tomar a caixa.
“Eu disse que iria guardar minhas coisas, mas não me deram espaço. Me arrastaram no chão e começaram a me agredir e tomar tudo o que eu tinha”, contou.
Um manifestante que testemunhou a ação da PM disse que o povo se revoltou com a covardia dos policiais. “A senhora estava vendendo água em uma caixinha de isopor. O policial foi lá apreender as coisas dela e a senhora começou a segurar a caixa. Uns dois ou três policiais começaram a bater na senhora e o pessoal ficou revoltado, foi para cima, para defender ela. Eles [policiais] começaram a jogar gás de pimenta de forma indiscriminada. Ainda bem que não teve bomba”, afirmou.
VÍDEOS:
“Não é dever da Polícia Militar de São Paulo fiscalizar os ambulantes, essa é uma atribuição da Guarda Civil Metropolitana”, disseram os manifestantes convictos que essa seria uma nova tática encontrada pela polícia para provocar tumulto na manifestação que ocorria pacificamente na Avenida Paulista.
Além da ambulante, houve truculência da polícia também com a imprensa: o repórter fotográfico do Choc Documental, André Lucas Almeida foi agredido pela PM e fez o registro da violência (imagem que ilustra a matéria).
O repórter fotografou ainda a identificação do soldado da Polícia Militar do Estado de São Paulo. “Nós da mídia em geral, independente ou não, estamos cansados das agressões sofridas, seja pela Polícia Militar, manifestantes e qualquer um que tente interferir em nosso trabalho”, descreveu no perfil do Facebook do Mídia Ninja.
Dos quatro protestos organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, pedindo a saída do presidente da República, Michel Temer, e novas eleições no país, em três houve episódios de violência policial.
com Jornal do Brasil e Vermelho