Filho de Bolsonaro é coautor de projeto que dá salário vitalício a vereadores
Vereadores do Rio de Janeiro teriam direito a salário de R$ 15 mil líquidos, até o fim da vida, mesmo após o fim do mandato, além de vencimento de servidor. Projeto foi rejeitado após repercussão negativa na mídia
A Câmara Municipal do Rio rejeitou, nesta terça-feira (1º), por unanimidade o projeto de lei que daria direito aos vereadores concursados de acumularem o salário de parlamentar e o de servidor público.
O projeto foi apreciado e rejeitado pelos 40 vereadores que estavam presentes na Casa. O texto, agora, será arquivado.
“Demos um exemplo. Matamos esse projeto que causaria prejuízo à Prefeitura do Rio e à cidade”, disse o vereador Leonel Brizola Neto (PSOL).
Até o autor da proposta, João Cabral (PMDB), se absteve de manifestar apoio ao projeto após a repercussão negativa que a proposta teve na mídia nos dias que antecederam a votação.
Filho de Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, coautor da proposta, rebateu as acusações de que teria apoiado o projeto de lei que previa salário vitalício a vereadores: “Assinar o projeto do vereador João Cabral não significa voto ou aprovação; só me transforma em coautor”.
Salário vitalício
O valor do salário previsto seria igual ao que recebe um secretário da prefeitura, ou seja, R$ 15 mil líquidos por mês.
O autor do projeto entende que o salário vitalício valeria para vereadores que já são funcionários públicos municipais e que tenham três mandatos seguidos ou quatro intercalados.
O texto deveria ter sido votado na última quinta-feira (27), pois entrou em uma espécie de regime de urgência, mas não houve quórum suficiente. Então, o projeto seria analisado em plenário pelos vereadores nesta terça.
Na justificativa, o vereador João Cabral disse que é “uma questão de justiça, de igualdade”. Ele não foi reeleito nas últimas eleições para um próximo mandato.