Doleiro Alberto Youssef vai morar em prédio de luxo após ser solto por Sergio Moro
Depois de ter a pena reduzida de 121 anos para 3 anos por Sergio Moro, doleiro Alberto Youssef vai morar em apartamento na Vila Nova Conceição, em São Paulo. Condomínio que abrigará o criminoso tem piscina, academia, sauna e salão de festas
O novo apartamento do doleiro Alberto Youssef, segunda pessoa a virar colaborador na Operação Lava Jato, custará no mínimo R$ 2.800 por mês à sua família.
A partir de sua chegada, Youssef passará a gozar de 36 m² de área privativa. O apartamento, alugado por quatro meses, será custeado pela família do doleiro, que está sem renda e ainda não sabe o que irá fazer profissionalmente, segundo seus advogados.
Segundo a publicação, o prédio para onde o delator se mudou no último mês, em São Paulo, no bairro Vila Nova Conceição, tem apartamentos de um ou dois dormitórios, que vão de 36m² a 57m². Todos têm uma vaga na garagem.
Para morar em uma das unidades menores e sem mobília, é preciso desembolsar mensalmente R$ 2.000 em aluguel, R$ 850 de condomínio e outros R$ 134 de IPTU SP 2017.
O prédio tem áreas coletivas como jardim, piscina, sala de ginástica, salão de festa e sauna. Apenas a academia, porém, foi liberada pela Justiça ao doleiro, que ficou dois anos e oito meses preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba.
Foram autorizadas duas sessões semanais de fisioterapia no local, sob recomendação médica (Youssef é cardiopata, teve um infarto no cárcere e foi internado algumas vezes).
A tornozeleira eletrônica não impedirá Youssef de tirar proveito de restaurantes: de acordo com sites de delivery, mais de 150 estabelecimentos fazem entrega no endereço.
Dos imóveis que comprou antes da prisão, incluindo hotéis em Porto Seguro, Aparecida e São Luis e que ajudavam a compor sua renda, só sobraram a Youssef dois apartamentos: um em São Paulo, onde mora sua ex¬-mulher e que fica a 230 metros de distância do seu novo lar, e outro em Londrina (PR), onde o doleiro cresceu e vive uma de suas filhas.
Todos os outros bens foram entregues à Justiça, como parte do acordo de delação.
Na carceragem, desde a última semana, o clima é de despedida: o delator tem aproveitado para agradecer a delegados, investigadores e carcereiros, além de seus advogados.
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Youssef deve ficar em regime domiciliar por quatro meses, até março de 2017, quando passa ao regime aberto. Até lá, ele não poderá sair de casa –apenas para cumprir ordens judiciais como depoimentos e oitivas.
Se reincidir no crime, ele terá o acordo quebrado e pode ser preso novamente, além de perder os benefícios que obteve, como regime diferenciado e suspensão de pena.
O doleiro já foi condenado em nove ações, e responde a outras quatro, ainda em andamento.
Estelita Hass Carazzai, FolhaPress