Colunista da Veja culpa a 'direita burra' pelo crescimento eleitoral de Lula
Um dos principais detratores do ex-presidente está indignado com sua ascensão eleitoral. Reinaldo Azevedo, da Veja, culpou a 'direita burra' pela disparada de Lula na última pesquisa Datafolha
Reinaldo Azevedo, da revista Veja, recebeu com frustração os dados da última pesquisa Datafolha que aponta liderança de Lula em todos os cenários no 1º turno de uma disputa presidencial.
Azevedo atribui à “direita burra” o crescimento eleitoral do ex-presidente.
“A direita burra considerava que a exacerbação do clima policial, com o Congresso brasileiro debaixo de vara, acabaria levando água para seu moinho. Bem, não levou. Como previ, os únicos que tinham a ganhar com isso eram os esquerdistas”, escreveu.
Reinaldo considera que o ‘vale-tudo’ não política só interessa a grupos extremistas.
“Não existe vácuo na política. Se a ideia é reduzir o país a uma grande delegacia de polícia, todos se igualam. No ambiente de terra arrasada, quem tem mais estrutura e experiência acaba obtendo vantagem ou recuperando o terreno. Agora resta à direita burra torcer para que Lula esteja preso até 2018”, finalizou.
Aparentemente ofendido com a expressão ‘direita burra’, o blogueiro conservador Rodrigo Constantino rebateu Azevedo e o chamou de tucano.
“Nem Lula, nem Marina ou Ciro serão eleitos em 2018, graças em boa parte ao persistente combate dessa ‘direita burra’ que cansou de apanhar calada, e que não aceita contemporizar com os tucanos covardes”, respondeu Constantino, que ficou conhecido como o ‘menino maluquinho’ da revista Veja quando trabalhou na publicação.
Datafolha
A pesquisa Datafolha divulgada na última segunda-feira (12) revelou um cenário eleitoral promissor para Lula. Alvo constante da ofensiva da mídia, como mostrou recentemente estudo da UERJ, o ex-presidente tem 25% das intenções de voto — 10 pontos a mais que Marina Silva, que aparece em segundo lugar.
Na sequência, aparecem os nomes de Aécio Neves (11%), Jair Bolsonaro (9%) e Ciro Gomes (5%). O atual presidente Michel Temer (4%) e Luciana Genro (2%) também pontuaram.
O Datafolha também avaliou a gestão Temer e revelou que o atual presidente amarga um índice histórico de rejeição. Mais de 60% dos eleitores defendem a sua renúncia.
O levantamento foi realizado antes das primeiras divulgações da delação da Odebrecht.