Eike Batista é considerado foragido da Justiça
Alvo de mandado de prisão em nova fase da Lava-Jato, empresário Eike Batista é considerado foragido da Justiça
Redação
A Polícia Federal tenta localizar desde o início da manhã desta quinta-feira (26) o empresário Eike Batista. Há um mandado de prisão preventiva contra o homem que já foi considerado o mais rico do Brasil. A ação faz parte da Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, braço da Lava Jato do Rio.
Os policiais não encontraram Eike Batista em sua casa no Rio de Janeiro – onde também está sendo cumprido mandado de busca e apreensão. Segundo a defesa, ele está viajando para o exterior e se apresentará quando retornar.
A operação desta quinta é um desdobramento da Calicute – que culminou com a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Nesta etapa, também com base no Rio, a PF investiga a lavagem de US$ 100 milhões no exterior. Segundo os investigadores, boa parte desses valores já foi repatriada. São apurados, ainda, crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e organização criminosa.
A nova etapa da Calicute, denominada Operação Eficiência, foi baseada em dois acordos de delação premiada que informaram como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro da propina cobrada por Sérgio Cabral durante sua gestão no governo do Rio.
Eike Batista foi citado na operação por suspeita de ter repassado R$ 1 milhão ao escritório de advocacia da esposa de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo. Em depoimento espontâneo aos procuradores, o empresário afirmou que o pagamento se refere à prestação de serviço de projeto imobiliário de sua empresa REX, junto com a Caixa Econômica Federal.
De acordo com a Polícia Federal, a Eficiência cumpre nesta quinta nove mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão. Cerca de 80 policiais estão nas ruas para cumprir as diligências.