Redação Pragmatismo
FHC 10/Fev/2017 às 17:40 COMENTÁRIOS
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Janaína Paschoal fica indignada ao saber que FHC testemunhou a favor de Lula

Publicado em 10 Fev, 2017 às 17h40

A advogada do impeachment, Janaina Paschoal, recebeu com indignação a notícia de que FHC foi testemunha de defesa de Lula na Lava Jato. Tucano passou a maior parte da audiência com Moro (vídeo) tratando de acervo presidencial

Janaína Paschoal FHC Lula

Janaina Paschoal não gostou de saber que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi testemunha de defesa de Luiz Inácio Lula da Silva em processo que o petista responde no âmbito da Lava Jato.

A advogada do impeachment, que foi contratada pelo próprio PSDB, publicou a seguinte mensagem nas redes sociais:

“Aqueles que ainda acreditam em posição e oposição, informo que FHC será testemunha de DEFESA de Lula. Somos nós por nós mesmos”.

Em audiência com o juiz Sergio Moro, FHC foi questionado a respeito da administração do seu acervo presidencial.

Moro alega que a OAS transportou os bens de Lula de maneira ilegal, com o objetivo de “ocultar a origem e propriedade” dos recursos do acervo.

Ao ser indagado sobre quem fez as doações que mantiveram seu acervo, o tucano afirmou que quem contribuiu no começo eram empresários e companhias com quem tinha “relações pessoais”, como a Odebrecht, Itaú, Banco Safra e Bradesco.

De acordo com uma lei federal, cuja regulamentação foi estabelecida durante o governo do ex-presidente, o acervo é considerado de interesse público no Brasil.

Assim, o fato é que, de acordo com FHC, o acervo de cada ex-presidente acaba por se tornar “um problema” para o ex-mandatário, já que este passa a possuir uma coleção de objetos que são de interesse público mas que geram demandas pessoais de depósito.

“Um problema imenso. Como o acervo é de interesse público, você (qualquer ex-presidente) apela para doadores, porque você é obrigado a manter a coleção de objetos, mas não tem recurso para manter., explicou Fernando Henrique”.

FHC afirmou que faz uso da Lei Roaunet para manter o acervo que lhe cabe, e que tal material pode até, se o ex-presidente quiser, ser vendido, após ser oferecido, antes, ao Tesouro Nacional.Em que pese tal opção legal, Fernando Henrique disse: “Claro, eu não vendi nada”. Lula também não vendeu.

Em seu depoimento, o ex-presidente disse que seu acervo é “enorme”, com milhares de documentos, muitos mantidos em locais refrigerados. Ele contou também que, em virtude de seu histórico acadêmico, é muito preocupado com a preservação desse material.

O acervo de Lula, colecionado em mais de uma dezena de containers, hoje está arrestado pela Operação Lava Jato e manipulado por pessoas sem experiência em preservação ou catalogação de documentos históricos.

No final, Moro perguntou, pedindo “escusas” pelo questionamento, se houve algum tipo de doação “por fora”, o que o tucano negou.

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