Islândia dá exemplo mundial sobre igualdade de gêneros
Empresas da Islândia terão que provar que pagam mesmo salário a homens e mulheres. Nova lei também impede discriminação por etnia, identidade sexual ou nacionalidade
O governo da Islândia anunciou nesta quarta-feira (08/03) que vai enviar ao Parlamento, onde tem maioria, uma lei para obrigar as empresas do país que tenham mais de 25 funcionários a provar que pagam o mesmo salário a todos os que têm as mesmas funções.
Isso, na prática, obriga as empresas a pagar o mesmo valor se o funcionário for homem ou mulher, contanto que exerçam o mesmo cargo. A medida também impede discriminação por etnia, identidade sexual ou nacionalidade.
O ministro para a Igualdade e Assuntos Sociais do país, Thorsteinn Viglundsson, afirmou que a norma – anunciada no Dia Internacional da Mulher – vem pela necessidade de se fazer algo “radical” pela questão. “Salário igual é um direito humano. Precisamos garantir que homens e mulheres tenham oportunidades iguais no local de trabalho. É a nossa responsabilidade tomar todas as medidas necessárias para conquistar isso“, afirmou, de acordo com a Agência Lusa.
A falta de equiparação salarial entre homens e mulheres é uma questão generalizada no mundo. Na América Latina, por exemplo, elas ganhavam em 2016 83,9% do salário dos homens em funções similares, de acordo com a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). O número é ainda maior se o recorte for feito pelas pessoas com maior instrução – neste grupo, os homens têm salário 25,6% maior.
Além disso, segundo a ONU, dados mundiais indicam que a paridade salarial entre homens e mulheres somente será alcançada daqui a 170 anos, caso o atual ritmo seja mantido.
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