João Doria provoca FHC sobre candidatura à Presidência em 2018
Na última semana, festa para 370 convidados da 'alta sociedade paulistana' lançou informalmente a candidatura de João Doria à Presidência da República em 2018. FHC não digeriu a ideia e criticou. O prefeito de São Paulo rebateu e ainda provocou o ex-presidente
Uma festa realizada pela socialite Lucília Diniz em sua casa, no Jardim Europa, na última semana, homenageou os exatos primeiros meses de mandato do atual prefeito da cidade de São Paulo, João Doria.
Foram convidados 370 nomes da chamada ‘alta sociedade’ paulistana para reverenciar o prefeito, que chegou ao local acompanhado do governador Geraldo Alckmin.
Ainda que para toda a imprensa o ato tenha sido divulgado como um jantar de homenagem, não se falou de outra coisa no evento a não ser da possibilidade de Doria candidatar-se à Presidência da República em 2018, atropelando, inclusive, o seu padrinho político Geraldo Alckmin.
Doria é também o preferido do MBL e do Vem Pra Rua, principais grupos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff.
Dentro do partido, porém, caso queira realmente lançar-se como candidato, enfrentará alguma resistência.
Isto ficou claro em entrevistas concedidas ao Estadão e ao Globo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, maior nome do PSDB.
FHC afirma que Alckmin é hoje o tucano mais bem posicionado para disputar a Presidência no ano que vem e criticou o mote principal de Doria. “Se você for um gestor, não vai inspirar nada. Tem que ser líder”, afirmou.
O ex-presidente disse ainda que Doria “está começando” e que considera “prematuro” pensar no nome dele para 2018, “porque ele tem um mês de governo”. Segundo o ex-presidente, “credibilidade não é igual a popularidade”.
Doria não mediu as palavras ao rebater a fala do ex-presidente e ainda o provocou:
“Respeito muito o ex-presidente, mas eu só lembro que ele previu que eu não seria eleito nas prévias para ser candidato pelo PSDB. Apoiou outro candidato, o que não muda minha admiração. Ele mesmo já confessou que, quando comecei campanha para prefeito de São Paulo, acreditava que eu não seria eleito. Venci as duas. Os dois primeiros prognósticos do FHC ele errou”, disse o prefeito de São Paulo.