Redação Pragmatismo
Protestos 28/Mar/2017 às 15:10 COMENTÁRIOS
Protestos

“Não vamos pedir 'Fora Temer' porque não somos fantoches da esquerda”

Publicado em 28 Mar, 2017 às 15h10

Líderes de movimentos que convocaram as manifestações do último domingo afirmam que não há motivos para o “fora Temer” e tentam explicar o fracasso dos atos

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A avenida paulista ficou vazia no último domingo (26). Michel Temer foi poupado e muita gente já toma conhecimento do envolvimento dos grupos pró-impeachment com o atual governo

Responsáveis por convocar as manifestações do último domingo (26) tentaram justificar o fracasso dos atos em todo o Brasil.

Líderes dos movimentos MBL, Vem Pra Rua e Nas Ruas alegaram que o desconhecimento das pautas não motivou o público a sair de casa e ir às ruas.

No entanto, boa parte da população já tem conhecimento sobre o envolvimento destes grupos com o atual governo.

“Eu não confio mais no MBL. Sei que foram comprados pelo governo. Todos eles recebem dinheiro. De certa forma, eles ajudaram Michel Temer a chegar na Presidência. Estou aqui hoje por conta própria”, disse uma manifestante que foi à avenida paulista no domingo.

De acordo com o site Congresso em Foco, o coordenador do MBL em Minas Gerais (MG), Pero Cherulli, destacou que o movimento não critica Michel Temer porque a ação não geraria algum resultado para o Brasil como no caso do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Para Cherulli, gritar “Fora Temer” é seguir um entendimento da “esquerda”.

“Os movimentos não vão falar fora Temer porque esse é um jargão da esquerda e não faz parte da pauta. Se nos utilizarmos para isso, estaríamos sendo fantoches da esquerda e isso não vai acontecer”, enfatizou.

“Os movimentos são inteligentes e não vão fazer algo que não é plausível. Não existe nenhuma acusação formal contra o Temer como havia contra a ex-presidente Dilma, que teve as pedaladas fiscais”, reafirmou.

O representante do MBL não disse nada a respeito das inúmeras denúncias de corrupção que assolam o atual governo e incluem o nome do próprio presidente. Apenas no que se refere à Lava Jato, um em cada três ministros de Temer está na mira da operação.

O depoimento de José Yunes ao Ministério Público também compromete seriamente Michel Temer e o seu homem de confiança, José Padilha, embora a mídia não tenha destacado o caso com a relevância devida.

A líder do movimento Nas Ruas, Carla Zambelli, também defende Temer. “Ele não cometeu nenhum crime e a gente pensa que quando não há crime, não há motivação”.

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