Primeiro senador homossexual casado é empossado na Argentina
Publicado em 01 Ago, 2011 às 13h33
Osvaldo López casou com companheiro após legalização da união gay na Argentina
O advogado argentino Osvaldo López, de 39 anos, empossado no cargo de senador na semana passada, é o primeiro parlamentar da Argentina assumidamente gay e casado com uma pessoa do mesmo sexo.
Seu casamento se tornou possível após a legalização, há um ano, de uniões entre pessoas do mesmo sexo no país.
Em seguida à posse, López disse à imprensa local que espera que “os políticos tenham coragem de assumir sua homossexualidade”.
Seu casamento se tornou possível após a legalização, há um ano, de uniões entre pessoas do mesmo sexo no país.
Em seguida à posse, López disse à imprensa local que espera que “os políticos tenham coragem de assumir sua homossexualidade”.
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López acrescentou que “o mundo seria menos hipócrita e mais feliz” se todos assumissem sua “homossexualidade e identidade”.
“Viveríamos em uma sociedade mais feliz e pacífica. Quanto mais livres pudermos ser, mais honesta será a construção da identidade coletiva e mais leis teremos vinculadas a essa realidade”, opinou.
López era deputado na província de Terra do Fogo, no extremo sul da Argentina, e suplente do senador José Carlos Martínez, que morreu em junho num acidente de trânsito. Ele vai completar os dois anos e meio do mandato restante de Martínez.
López, do partido Novo Encontro (que diz apoiar o governo, mas em “algumas questões”), contou que morava com seu companheiro Javier desde 2005 e que se casaram assim que foi aprovada a lei nacional que autorizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
“Viveríamos em uma sociedade mais feliz e pacífica. Quanto mais livres pudermos ser, mais honesta será a construção da identidade coletiva e mais leis teremos vinculadas a essa realidade”, opinou.
López era deputado na província de Terra do Fogo, no extremo sul da Argentina, e suplente do senador José Carlos Martínez, que morreu em junho num acidente de trânsito. Ele vai completar os dois anos e meio do mandato restante de Martínez.
López, do partido Novo Encontro (que diz apoiar o governo, mas em “algumas questões”), contou que morava com seu companheiro Javier desde 2005 e que se casaram assim que foi aprovada a lei nacional que autorizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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Até meados de julho, segundo a Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (FALGBT), foram realizadas no país quase 3 mil uniões homossexuais.
Pleitos
No dia seguinte à sua posse no Senado, López se reuniu com representantes de diferentes ONGs que defendem a ampliação dos direitos dos casais homossexuais.
“Está em vigor no país, por exemplo, uma lei que define como delito a discriminação racial, e querem que seja incluída no texto a questão de gênero e liberdade sexual”, afirmou.
Outra demanda das organizações é permitir a mudança dos nomes no documento de identidade, a partir da nova opção sexual.
Para López, estar no Senado será a oportunidade de “ser parte dos avanços pela igualdade dos direitos civis”. Ele agrega que a “vida intima não impede que se possa trabalhar pelos direitos da classe trabalhadora em geral”.
O senador, nascido na província de Santa Fé, no centro do país, disse que quer ser uma voz no Senado em defesa de “políticas públicas” que gerem também “mais justiça social” no país.
Até meados de julho, segundo a Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (FALGBT), foram realizadas no país quase 3 mil uniões homossexuais.
Pleitos
No dia seguinte à sua posse no Senado, López se reuniu com representantes de diferentes ONGs que defendem a ampliação dos direitos dos casais homossexuais.
“Está em vigor no país, por exemplo, uma lei que define como delito a discriminação racial, e querem que seja incluída no texto a questão de gênero e liberdade sexual”, afirmou.
Outra demanda das organizações é permitir a mudança dos nomes no documento de identidade, a partir da nova opção sexual.
Para López, estar no Senado será a oportunidade de “ser parte dos avanços pela igualdade dos direitos civis”. Ele agrega que a “vida intima não impede que se possa trabalhar pelos direitos da classe trabalhadora em geral”.
O senador, nascido na província de Santa Fé, no centro do país, disse que quer ser uma voz no Senado em defesa de “políticas públicas” que gerem também “mais justiça social” no país.
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Como ex-advogado sindical, disse que quer apoiar também os trabalhadores argentinos que na crise de 2001 passaram a recuperar fábricas que tinham quebrado.
O presidente da Comunidade Homossexual Argentina (CHA), César Cigliutti, afirmou que a posse de López é “uma boa notícia” porque representa “um grande avanço” no combate à discriminação.
“É muito bom que isso ocorra em âmbitos fechados, como a política. Na hora da identidade, é muito importante dizer quem você é, com nome e sobrenome, e lutar e dizer com orgulho a questão de gênero”, disse Cigliutti.
Como ex-advogado sindical, disse que quer apoiar também os trabalhadores argentinos que na crise de 2001 passaram a recuperar fábricas que tinham quebrado.
O presidente da Comunidade Homossexual Argentina (CHA), César Cigliutti, afirmou que a posse de López é “uma boa notícia” porque representa “um grande avanço” no combate à discriminação.
“É muito bom que isso ocorra em âmbitos fechados, como a política. Na hora da identidade, é muito importante dizer quem você é, com nome e sobrenome, e lutar e dizer com orgulho a questão de gênero”, disse Cigliutti.
BBC & Agências