Redação Pragmatismo
Aborto 23/Nov/2012 às 01:16 COMENTÁRIOS
Aborto

Mulher morre após ter pedido de aborto negado por médicos

Publicado em 23 Nov, 2012 às 01h16
Mulher morre após ter pedido de aborto negado por médicos hospital

Marido afirma que Savita pediu várias vezes pelo término da gravidez após apresentar dores nas costas e sintomas de aborto espontâneo

Uma mulher morreu em um hospital da Irlanda após ter seu pedido de aborto recusado pelos médicos.

A gravidez de Savita Halappanavar, de 31 anos, tinha passado dos quatro meses e ela pediu várias vezes aos funcionários do Hospital da Universidade de Galway para que o aborto fosse realizado, pois sentia dores fortes nas costas e já apresentava sintomas de um aborto espontâneo, quando a mãe perde a criança de forma natural.

Mas, de acordo com declarações do marido de Savita, Praveen Halappanavar, os funcionários do hospital disseram que não poderiam fazer o procedimento justificando “enquanto houvesse batimento cardíaco do feto” o aborto não era possível.

O aborto é ilegal na Irlanda a não ser em casos de risco real para a vida da mãe. O procedimento é tradicionalmente um assunto muito delicado no país cuja maioria da população é católica.

O que o inquérito aberto pelo governo irlandês deve averiguar é a razão pela qual a equipe do hospital julgou que a vida de Savita não estava em risco.

Savita estava agonizando. Ela estava muito abalada, mas aceitou que estava perdendo o bebê“, disse Praveen ao jornal The Irish Times.

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“Quando o médico veio na segunda-feira pela manhã, Savita perguntou se, caso eles não pudessem salvar o bebê, poderiam encerrar a gravidez.”

“O médico disse: ‘Enquanto houver batimento cardíaco, não podemos fazer nada'”, afirmou.

Savita morreu no dia 28 de outubro e uma autópsia realizada dois dias depois concluiu que a causa da morte foi septicemia (infecção generalizada).

Praveen Halappanavar levou o corpo de volta ao país natal do casal, a Índia, para o funeral.

O Hospital da Universidade de Galway informou que vai realizar uma investigação interna e afirmou que não pode comentar casos individuais, mas vai cooperar com o inquérito sobre a morte de Savita.

O Serviço de Saúde da Irlanda também lançou uma investigação a respeito da morte da paciente.

BBC

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