Laura Catrine, a mais nova vítima de feminicídio no Brasil, morta com seu bebê no colo
Jovem de 21 anos foi assassinada pelo ex-namorado dentro de casa, com sua filhinha de 8 dias no colo. A recém-nascida também morreu; ambas foram atingidas por mais de 30 tiros
Uma jovem de 21 anos, identificada como Laura Catrine da Conceição Alves, foi assassinada a tiros dentro de casa, na última quarta-feira. Seu filha Eloá, de apenas oito dias, também foi morta. O crime aconteceu em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia.
Segundo informações divulgadas pela TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo, o ex-namorado de Catrine invadiu a casa da jovem armado e cometeu o assassinato. Familiares ainda relataram que Catrine sofria ameaças do ex-namorado, que de acordo com os parentes, é um foragido do presídio de Jaraguá.
Ainda segundo a emissora, a perícia encontrou mais de 30 cápsulas de uma pistola 9 milímetros. A polícia teria informado que o bebê foi atingido por pelo menos 4 disparos.
Uma das suspeitas é que a jovem tenha se escondido do ex-namorado no banheiro, onde foi encontrada e morta com o bebê nos braços.
“Ela era monitorada por ele”
O irmão de Catrine conta que ela já tinha sofrido ameaças de morte, em Anápolis. Ele afirma que o ex-namorado dela ligava com frequência dizendo que daria vários tiros contra ela. A família também acredita que a vítima estava sendo monitorada.
“Eles estavam monitorando a nossa rotina, com certeza. Eles sabiam quando meus pais iam trabalhar, que eu saia de tarde para trabalhar também, que naquele momento ela estaria sozinha. O crime aconteceu poucos minutos depois que eu saí”, contou o irmão, que não quis ter a identidade revelada.
“Há cerca de um ano ela começou a receber ligações falando que uma pessoa ia matar ela, descrevia como ia ser, que ia usar duas armas. Na época suspeitamos desse ex-namorado, mas eu não cheguei a conhecer. Ela chegou a se mudar por três meses com medo dele”, explicou o irmão.
“Quando ela ficou sabendo da fuga desse ex, ela ficou aterrorizada”, completou o irmão.
Renato Oliveira, delegado responsável pelo caso, também se pronunciou: “Sabemos que ele é membro de uma associação criminosa grande de tráfico de drogas. Os comparsas dele foram lá e o resgataram do presídio, os outros foram para aproveitar a oportunidade, mas o grupo foi lá para libertar ele”.
com informações de O Dia