Cantor que anunciou apoio a Bolsonaro é indiciado por crime ambiental
Polícia indicia Gusttavo Lima e mais três pessoas por crime ambiental nesta quarta-feira (28). Na última semana, com um rifle na mão, o cantor sertanejo defendeu que "cidadãos de bem" devem possuir armas e anunciou apoio a Jair Bolsonaro
Gusttavo Lima causou polêmica na última semana ao divulgar nas redes sociais imagens em que aparecia com um rifle na mão, seguida de um texto em defesa do porte de armas para “cidadãos de bem” (relembre aqui).
Na postagem, o cantor sertanejo também anunciou apoio ao deputado Jair Bolsonaro (PSC), pré-candidato à Presidência da República.
Indiciado pela Polícia Civil nesta quarta-feira (28) por crime ambiental, Gusttavo Lima é a prova do quão frágil e demagogo é o conceito de “cidadão de bem”.
Segundo as autoridades, o sertanejo aumentou a represa de uma fazenda que possui em Bela Vista de Goiás, Região Metropolitana de Goiânia, sem possuir licença para a obra. Outras três pessoas também foram indiciadas.
O delegado Luziano de Carvalho, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), afirmou que a represa já possui três hectares de tamanho e o intuito era chegar a quatro hectares.
No entanto, o trabalho estava sendo realizado sem a devida autorização da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima).
“O Batalhão Ambiental foi ao local por duas vezes, uma no fim de 2017 e outra já neste ano, e, em ambas, encontrou máquinas trabalhando no local. Foram feitas duas ocorrências e, apesar de terem um protocolo com o pedido da licença, o documento não havia sido expedido”, disse o delegado.
Carvalho afirmou que na fazenda há criação de gado, mas que a represa estava sendo ampliada por motivo de lazer.
O responsável pelo caso explicou que Gusttavo e as outras três pessoas responderão pelo crime previsto no artigo 60 da Lei 9.605, que versa sobre construção ou ampliação de obras potencialmente poluidoras sem autorização dos órgãos competentes. A pena em caso de condenação varia de um a seis meses de prisão ou multa.